quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Onde foi que esconderam o amor?!


Que estamos vivendo dias de distanciamento, de falta de compaixão, de desumanidade, de falta de amor ao próximo, não preciso nem comentar. É berrante, gritante, visível e insuportavelmente óbvio.
O medo da intimidade, a individualidade, a marca, o trauma são muitas respostas para perguntas que não querem calar. Onde está o amor? Onde buscar por ele?
Mesmo com todo este distanciamento, esta fuga, vemos pessoas esperando pelo amor, procurando o encantamento, querendo encontrar alguém que faça seus dias mais coloridos.
Ontem mesmo estávamos num velho dilema no Twitter sobre o amor, as caras-metade, a dificuldade de encontrar pares nesta caminhada.
Vejo muita gente em busca, aberto aos relacionamentos. Mas onde estão que não se encontram?
Por onde andam estas almas sensíveis em busca de um complemento, em busca de suas "borboletas no estômago"?
Encontramos e perdemos pessoas no meio do caminho. Experimentamos sensações, vivemos intensidades diferentes ao longo da caminhada. Cada uma é única e é especial em suas particularidades. Faz parte do que somos hoje.
Vivemos na ânsia de encontrar aquilo (ou aquele(a)) que nos fará mais felizes.
E acredito que seja ai que erramos. Na expectativa constante.
Ela às vezes nos faz perder a simplicidade das experiências, reduzindo-as a simples busca de nosso complemento, nosso amor.
Alguém postou uma frase hoje que acho justo trazer para este texto: "Nunca corra atrás do amor, ele pode pensar que é um jogo e vai fugir de você. Apenas espere, pois na hora certa ele vai te encontrar" (@GloriaMariaReal).
Vamos esperar então. Continuar a busca pelas coisas que nos fazem felizes. Mas sem perder a naturalidade das situações. Quando estamos focados demais, pequenos detalhes nos passam despercebidos, levando com eles, talvez, grandes possibilidades. Quando estamos abertos, as coisas se apresentam, sem maiores dificuldades.
Esperar sem saber até quando e pelo quê parece difícil? Não quando se tem amigos e quando estamos nessa vida para aproveitar as coisas boas. =)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para momentos de ordem, um pouco de caos se faz necessário

Já diziam os mais velhos em momentos tristes: "Depois da tempestade vem a bonança".
Pois é. E não é que eles tinham razão?
Concordo com eles, e digo mais: para que a ordem se estabeleça, é necessário um pouco de caos, de estranhamento, de incômodo, de tempestade.
Não estou aqui condicionando a felicidade ao sofrimento e a desgraça anterior. Nem dizendo que só se é feliz quando se passa por tropeços e adversidades.
Estou dizendo que às vezes as pessoas estão descontentes com as situações, mas estão acomodadas.
O emprego não está do jeito que gosta, mas é o que se tem, então só se reclama.
Os relacionamentos não estão satisfátorios, mas o novo assusta.
Os sonhos não estão se realizando, mas algumas coisas aparentemente boas acontecem no meio de muitas ruins.
E às vezes, eis que tudo parece tão certo (leia-se cômodo) e um raio cai no meio do caminho, um balde de água fria nos é atirado, uma "desgraça caótica" nos tira o tapete e joga nossos pés para cima. Ficamos sem chão, sem saída, sem estratégias para manter as coisas do jeito que estavam.
Mas e quem disse que estavam necessariamente boas? Quem disse que da forma como elas estavam acontecendo estávamos plenos, felizes e satisfeitos?
O novo assusta. Entramos em contato com o desconhecido, com algo que não dominamos, que ainda não estamos acostumados.
E eis também que as soluções mais criativas aparecem dai. Forças que nem sabíamos que tínhamos se manifestam e as coisas se encaminham para lugares muito mais prazerosos do que os antes tão "perfeitos".
E a gente se dá conta que era exatamente desta "sacudida" que estávamos precisando. Este caos, este desconhecido, esta aparente bagunça na nossa ordem tão bem estabelecida e controlada.
E quando os planos não dão certo, quando algo parece desmoronar, quando as coisas fogem do script, vamos nos desesperar menos e esperar um pouco mais. A paciência é uma virtude que precisamos aprender a aperfeiçoar para viver melhor estes processos.
Vamos perceber o caos como potencializador, como uma oportunidade para olhar além.
Desconfortável? Certamente. Mas muito esclarecedor quando bem aproveitado.
E ai, alguém já "bagunçou" tua vida este ano?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novo ano - novas oportunidades

E o ano começou outra vez... Alguns fecharam 2010 alegres, satisfeitos e com a sensação de dever cumprido. Outros, continuaram com assuntos inacabados.
Percebi neste final de ano um movimento por parte de algumas pessoas, principalmente no Twitter, de "acaba logo 2010" ou "chega 2011", como se a simples troca de datas pudesse acabar ou começar coisas por si só.
Sei que as festas de final de ano são cansativas, que a correria para fechar o ciclo nas empresas, na grande maioria das vezes, é o que separa muitos das tão sonhadas férias.
Mas fiquei com a estranha sensação de que, para algumas pessoas, alguém "lá em cima" ia apertar um botão "reset" à meia noite e tudo seria diferente no exato instante em que os relógios marcassem 12:01.
Ficou a impressão de que para essas pessoas algo mágico ia tirá-las das situações desconfortáveis, trocá-las de emprego, magicamente seus relacionamentos iam melhorar e todas as tristezas ficariam para trás, junto com o ano de 2010.
E chega o tão esperado momento e eis que as coisas continuam iguais. O primeiro dia do ano é só isso mesmo gente: o primeiro dia do ano. Não é santo milagreiro.
As coisas só vão mudar se as pessoas ao invés do "reset" apertarem o "play" e começarem a viver! Não é possível passar uma borracha nos momentos ruins como se eles nunca tivessem acontecido.
Possível é tirar o maior proveito deles e usar todo esse aprendizado a nosso favor.
O primeiro passo é sempre o mais difícil... Parar de reclamar e pensar em soluções é um bom começo. Com um pouquinho de força de vontade as coisas vão se ajeitando.
Abrir as portas para novas oportunidades. É isso que novos ciclos nos possibilitam.