terça-feira, 22 de março de 2011

Coincidências? Não acredito!


Confesso que como grande entusiasta dos relacionamentos, dos encontros, dos sucessos, fico entristecida quando ouço de um dos meus amigos que o relacionamento deles chegou ao fim.
Fico triste porque percebo o quanto é difícil encontrar alguém e permanecer com ele (a) apesar das adversidades que a vida traz. E não são poucas.
Mas sabe o que é mais triste?
Ao final dos relacionamentos (seja por qual foi o motivo) as pessoas costumam ver apenas o lado negativo, a tristeza e a decepção (com elas, com os parceiros, com a vida).
Sei que este é o momento para isto. O luto pela perda precisa ser vivido. E nada melhor do que ser na hora certa.
Mas acredito também que este é o momento para reflexão.
Refletir sobre sua vida, suas atitudes, sobre as pessoas em geral.
Cada um que passa na nossa vida tem um papel. Não acredito em coincidências!
Mas não falo aqui de destino, porque nossa história é escrita por nossas escolhas. Falo de percepção, de sutileza, de aprendizado. Aprendizado que às vezes é dolorido.
As pessoas passam por nossas vidas e nos trazem um pouco de si e levam um pouco de nós. Hábitos, costumes, gostos musicais, enfim... Trazem o bom e o mau da vida consigo. São humanas!
Não podemos ser ingratos. Porque até quando nos fazem "mal" nos trazem lições!
Aprendemos a nos defender daqueles que podem nos enganar, aprendemos que não podemos confiar em todo mundo, aprendemos que às vezes na vida é preciso ter jogo de cintura.
Tiremos nossas lições de cada pessoa que passar por nós. Vamos aprender a viver com nossos erros e acertos.
E continuar abertos. Abertos para novos relacionamentos, novas aprendizagens. Erros e acertos fazem parte da nossa caminhada.

domingo, 20 de março de 2011

Quando a pilha acaba


A motivação é um processo psicológico básico. É uma condição que energiza e orienta um comportamento para um objetivo.

Motivação vem do latim movere, que significa mover.
Seria como uma pressão interna, partindo de uma necessidade e que originaria uma energia para impulsionar uma atividade, dando início, guiando e mantendo este estado para a realização de uma meta diversa.

O conceito é de simples compreensão e nos é fácil perceber as próprias motivações enquando lemos a descrição.

Quando iniciamos um projeto, seja ele no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, temos a "energia" inicial e que nos guia para a realização dos nossos empreendimentos.
Ah como seria bom se a manutenção da motivação fosse tão simples quanto é o estopim inicial!

O que fazer quando a "pilha" acaba? Que fazer quando a energia que nos guiou no início parece que se esvaziou?
Que fazer quando chega a segunda-feira e a vontade de levantar e ir trabalhar acaba?
E quando os relacionamentos já nos causam mais exaustão do que prazer?
E as amizades que nos exigem cada vez mais paciência para a manutenção. Quando esta vontade de "correr atrás" termina?

Difícil seguir qualquer meta, qualquer projeto quando não se tem prazer para nos motivar, nos impulsionar. Tudo o que se faz com prazer é melhor realizado, tem mais qualidade.

O que te motiva?
O que te desmotiva?
Precisamos encontrar a energia perdida e colocar mais qualidade nas nossas vidas.

E quando não é possível encontrá-la nas coisas rotineiras, é preciso lançar vôo para outras metas, outros projetos, outras relações!
Estar em busca do que nos motiva, do que nos move é o que deixa a vida mais fácil, mais tranquila e mais prazerosa.

Será que não é isso que está faltando na tua vida? Um pouquinho de novidade para continuar em movimento?

segunda-feira, 14 de março de 2011

O trem das sete

Hoje é dia da poesia. Escrever é mais do que uma boa articulação de palavras. É transbordamento, é paixão, é doação do escritor em favor da escrita.

Esta é minha singela homenagem a todos aqueles que escrevem e fazem de sua escrita ferramenta para encantar, emocionar, entreter o outro.
Àqueles que dividem sua essência, um pouquinho da minha.

O trem das sete

Sentada na estação vejo o céu, vejo a paisagem
Me perco na imensidão do azul que, aos poucos, ganha tons de cinza
Ao longe, escuto o som dos pássaros
Entoando melodias, trocando carícias
Foi uma gota de chuva que senti cair em meu rosto?

Em meio aos sons e percepções sinto a brisa transformar-se em vento
E do vento, os uivos de uma tempestade que se forma
Paro, fecho os olhos e apenas me entrego a sinfonia de ecos que se moldam
Conversando, sussurrando, contando segredos
Segredos que só ouvem os que se permitem parar

Abro os olhos e o trem já se foi
Se foi sem que eu pudesse embarcar, seguir meu caminho
"-Calma" - diz o vento - "-logo outro trem está por vir!"
E novamente me sento, ansiando pela novela contada pelos silvos da brisa errante

Já não mais brilha o sol... é a noite se anunciando no horizonte
Noite que traz consigo o frescor de uma chuva fraca, tímida
A tempestade foi-se embora, ficou a calmaria
É o drama, a trama, a grama... Perfumes da noite embalados ao som de raios e trovões

Experimento caminhar pela rua, enganando o tempo
Na esperança de que o trem chegue depressa
Meus cabelos já começam a ficar molhados, pingando gotas gélidas no meu rosto
Me entrego à sensação de estar no mar, envolvida pelas ondas
Beijada pela brisa, desperto com um som crescente
É o trem das sete, que se aproxima para me levar ao meu destino

Para onde mesmo eu queria ir?