quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Protesto ou retrocesso?


Essa semana estava lendo em algum site por ai a respeito da candidatura do Tiririca e da grande leva de eleitores de quem ele já mobilizou as intenções de voto.

A primeira coisa que me veio à cabeça (tendo lido a entrevista dele na época em que foi lançada a condidatura): "O que será que um palhaço desses vai fazer além de sugar o bolso público?!"

Pois é, minha gente. Ele está liderando as pequisas de intenções de voto no estado onde ele concorre. E o pior: eleitores de todos os cantos do Brasil mostraram apoio à campanha dele!
E sabe qual a justificativa??? PROTESTO!

Protesto? Gente, então mudou o conceito e não me contaram.
Que tipo de protesto é esse??? Colocar um palhaço lá na Câmara Federal como mero boneco das deliberações do partido ao qual ele serve, levar com ele uma leva de outros "palhaços" que não estão dando a mínima para as necessidades do povo?

É por essas e por outras que gente como ele lança candidatura: por que palhaços como ele desperdiçam seu voto.

Fico indignada com esse retrocesso e com a mentalidade do povo. Sei que a política está muito desacreditada, mas antes usar o direito ao voto nulo do que votar em figuras insólitas quanto as que estão por ai, pedindo nosso voto.

Vou ali acompanhar o circo pegar fogo e já volto.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Luto - Perdas e ganhos


Todos nós passamos por situações difíceis na vida. A todo momento fazemos escolhas e cada uma delas implica em ganhar e perder algo.

Quando perdemos alguém importante na nossa história, seja por morte ou por separação, é inevitável sofrer e, embora as pessoas nos digam para não chorar, não pensar e distrair a cabeça, acredito que para uma boa elaboração do luto é preciso viver a tristeza, viver a gama de sentimentos que a situação nos proporciona.

Não estou aqui dizendo que temos de nos entregar à tristeza e deixarmos de ver as boas perspectivas de futuro que nos aguardam, mas de poder viver os momentos sem culpa, sem se preocupar em mostrar aos outros que estamos bem.

Perder nos faz tristes. A tristeza nos faz apertados, nos faz reflexivos, nos faz penar.

Então, choremos, pensemos nas perdas. Quando nos permitimos sofrer, também nos permitimos resignificação dos sentimentos. Cada emoção, cada sentimento precisa ser recolocado em nossa vida, reavaliado. E para isso, devemos "perder tempo" refletindo sobre eles.

Se vamos "rir de tudo isso depois" é outra questão.
Aos amigos que vêem seus amigos queridos passando por situações assim, apenas sejam bons ombros, bons braços, bons colos, bons ouvidos. Difícil ver um amigo triste e não saber o que dizer. Mas o simples fato de estarem ali, oferecendo seu apoio, já faz toda a diferença.

E sequem suas lágrimas. Todos sabem que nenhum sofrimento é permanente e que precisamos retomar a vida. Mas isso vai acontecer naturalmente, cada um tem seu ritmo.

Mas vivamos o luto. Permita-se sentir triste, chorar e questionar-se. Cada luto traz renascimento, traz novas possibilidades, que, na hora certa, conseguiremos enxergar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dias melhores sempre virão


Hoje amanheci triste, com um peso enorme nos meus ombros. Percebo como ficamos fragilizados quando coisas ruins nos acontecem.

E a vida está ai, para nos apresentar suas facetas diversas, e nem todas elas são doces, alegres e produtivas. Se bem que até nas coisas ruins encontramos possibilidades.

Coisas ruins acontecem na vida de todos e nos afetam de maneiras muito diversas.
Reagir a elas depende de muitos outros fatores.

Em meu trabalho de conclusão do curso trabalhei um conceito chamado "resiliência". Tema relativamente novo, mas que nos ajuda a entender como as adversidades nos afetam e como é possível superá-las e até mesmo aprender com elas.
Resiliência seria a capacidade de atravessar crises e adversidades sem desenvolver nenhum prejuizo a nossa saúde e até mesmo podendo aprender com essas dificuldades, transformando nossa realidade.

Basicamente, nossa história de vida, nossos amigos, família, instituições podem servir como proteção contra os efeitos negativos das situações de crise.
Poder contar com pessoas na resolução de nossos problemas se mostra uma característica positiva.
As coisas ruins acontecem e nos afetam inevitavelmente. Mas posso garantir, que sabendo para quem recorrer, nossos problemas se tornam fardos bem menos pesados.

Com quem você pode contar nessa vida?!
Quem são seus "fatores de proteção"?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Para quê simplificar se a gente pode dificultar?!


Há situações na vida da gente que realmente nos fazem pensar sobre as (im)possibilidades da humanidade e sobre como as pessoas administram (ou não) as suas emoções.
Que relacionar-se com o outro não é uma tarefa fácil, isso nem preciso reiterar, é fato dado e indiscutível. Mas que tem gente que faz questão de complicar, isso é mais do que verdade.
Há situações em que o conflito é inevitável e resolvê-lo passa a ser questão de quem vai ceder primeiro. E ceder, leia-se aqui "dar o braço a torcer". Ceder não é mais uma questão de ajuste, de flexibilidade, mas passa a ser de fraqueza, de admitir que se erra. (Como se isso fosse alguma novidade: nós, humanos, errarmos!)
Uma vez ocorrido o conflito e em virtude da dificuldade de resolvê-lo, algumas pessoas adotam o bom e velho, "deixar rolar" ou "esperar a poeira baixar". Outros porém, preferem atitudes de verdadeiro descontrole, como "colocar lenha na fogueira", complicar, implicar.
Acredito que seja uma dificuldade de cada um e que não é questão de certo ou errado. O que eu não entendo, é o que as pessoas vêm de benefício em perpetuar uma rixa, reforçar um comportamento desagradável, proporcionar ao outro desconforto.
Quem ganha e quem perde? Todos perdem.
O que sofre as consequências, perde porque está numa posição de receptor de toda energia negativa.
Mas quem gasta o seu tempo e suas energias projetando suas dificuldades no outro perde muito mais. Perde por investir tempo em algo que não gera proveito ou benefício algum. Perde porque gera negatividade nas suas atitudes e pensamentos. E perde porque não aprende grandes lições que as adversidades da vida nos proporcionam.
E eu? Aprendi a deixar passar, a tomar para mim minhas responsabilidades e só. O que é do outro, deixo para que ele se ajuste quando estiver preparado para assumir suas próprias responsabilidades.
A vida é muito curta e complicada o suficiente para que eu ainda dificulte sua passagem.
Decidi ser facilitadora.
E você?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O meu tempo e o tempo do outro

O tempo é uma das medidas que me encantam refletir.
É tão contínuo, tão ininterrupto, tão variável, tão relativo.

Quando somos crianças, o tempo passa tão devagar, tão espaçado. Vivemos as horas como se fossem dias inteiros... As brincadeiras têm começo, enredo e fim. E um novo começo se desejarmos.

Os anos de escola são infindáveis. Não vemos a hora deste bendito tempo passar para que enfim, gozemos da plenitude da vida adulta, onde o tempo estará a nosso favor.

Ledo engano! Lá vem o tempo para nos empurrar numa torrente de horas e dias que passam sem que nos demos conta de como e para onde foram. Há começo, enredo e o quê mais mesmo?

Acordamos um dia e nos damos conta da idade... reflexo de como o tempo passou para nós. E desejamos que o tempo volte a correr devagar, para que aproveitemos cada segundo de cada momento.

O tempo é diferente para cada pessoa. Cada um de nós tem o seu ritmo, sua velocidade.

O tempo do relógio é o mesmo, mas nosso relógio interno nos prega peças!

Quando estamos no trabalho, parece que este mesmo tempo, que voa nos finais de semana, arrasta-se, martirizando-nos com sua velocidade absurdamente lenta. E às vezes, concentrados na tarefa, o tempo voa e não percebemos o quanto fomos absorvidos por ele e pelo relógio com suas batidas ritmadas.

O que é o tempo para mim? O que é o tempo para o outro? Diferentes, iguais? Apenas relativo, já nos mostrava Einstein.

Como estamos aproveitando nosso tempo? Com quem estamos passando nossos momentos?

Estamos vivendo as plenitudes que se apresentam para nós ou apenas esperando o tempo passar?

Independente da resposta, o tempo continua passando e os momentos que vivemos no hoje, não voltam mais. Amanhã, mesmo idênticos, serão diferentes. Porque o tempo simplesmente passou.

Reflexões estas de alguém que olhou para tras e viu que um quarto de século se passou. E como passou rápido! =)